segunda-feira, 2 de maio de 2011

Edgar Allan Poe

Edgar Allan Poe [EUA: 1809 - 1849]
'Realmente pobre e no limiar dos quarenta, alucinado por incessantes delírios e com os nervos já em farrapos, temido e desprezado - assim encerrava Edgar Allan Poe a existência amargurada'. Sua vida foi, pois, tão ou mais sombria do que sua obra. Mas é vício humano não valorizar o que é de seu tempo, sempre voltando os olhos em glória ao passado.
Poe foi um dos primeiros escritores - e talvez um dos fundadores - do gênero literário de ficção científica e fantástico. Também foi um dos precursores da literatura policial. Suas obras sempre oscilalando entre esses gêneros, mostrando um enorme talento intelectual.
Destinarei, então, este post para as melhores obras do Edgar Allan Poe, na minha humilde opinião, claro. Conforme eu for lendo, vou acrescentando aqui.
O Poe, apesar de ter sua morbidez sobrenatural, também se atém muito a racionalidade, e aos jogos de lógica, ou seja, mistérios que parecem absurdos e insolúveis, mas que posteriormente, através de uma análise atenta e detalhada, são desvendados pelo raciocínio lógico. 
Os livros dele geralmente aparecem como coletâneas reunindo algumas das histórias do autor. Então algumas se repetem em livros diferentes. A coletânea que li por último foi 'Assassinatos da Rua Morgue & outras histórias':

Entre as histórias e contos mais interessantes, por enquanto, figuram as seguintes:

- O barril de amontillado;
- O coração delator;
- A carta roubada;
- O escaravelho de ouro;
- Os assassinatos da Rua Morgue.



A seguir alguns trechos:


Os assassínios da Rua Mogue:

Há bem poucas pessoas que não tenham, em qualquer momento de sua vida, procurado divertir-se voltando pelo mesmo caminho pelo qual chegaram a certas conclusões de suas próprias idéias. Este trabalho é, não poucas vezes, muito interessante e quem o tenta pela primeira vez fica admirado com a distância ilimitada e com a aparente incoerência que há entre o início e o fim do próprio raciocínio. p. 22

Talvez pudesse ver um ou dois pontos com notável clareza, mas com isso perdia, inevitavelmente, de vista o caso em sua totalidade. Isso acontece quando somos exageradamente profundos. A verdade não está sempre dentro de um poço. p. 33

O mistério de Maria Roget:

[...] e, como nós continuamos a ocupar os nossos quartos, entregamos o futuro aos ventos, dormitamos tranquilamente no presente, e transformamos em sonhos o mundo insosso que há ao nosso redor. p. 64



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