sábado, 12 de outubro de 2013

O Talismã - Stephen King & Peter Straub, 1983.

Creio que 'épico' descreve bem esse livro do King, escrito em parceria com Straub - autor que já foi citado por aqui. De certa forma, ele é impregnado com a mesma atmosfera da série A Torre Negra. Muitos elementos se repetem: temos um herói, temos uma busca através de territórios inóspitos, que estão aquém da nossa realidade, em uma espécie de universo mágico paralelo. Em ambos os casos, também, trabalha-se com a ideia de que vários mundos paralelos existam, com portais entre eles.
Acho que uma peculiaridade bastante interessante deste livro é nosso herói, Jack Sawyer, com apenas 12 anos. 
É uma história muito envolvente e emocionante e, claro, com uma boa dose de cenas aterrorizantes. Este livro tem uma continuação que foi escrita em 2001, também em parceria com Straub, ainda não li, mas está na minha lista de próximas leituras. 
No mais é isso gurizada! Enjoy!!

Estou disponibilizando ele em EPUB pra quem quiser.

domingo, 29 de setembro de 2013

HQ THE WALKING DEAD

    Olá pessoas. Dando uma passadinha rápida pra avisar que estou começando a disponibilizar os hq's do The Walking Dead no meu SkyDrive, ok? Vou colocando aos poucos, hoje vão os dois primeiros volumes, Dias passados e Caminhos Trilhados.

Atualizado em 12.10.2013:

Volume 1: Days Gone Bye
Volume 2: Miles Behind Us
Volume 3: Safety Behind Bars
Volume 4: The Hearts's Desire


BAIXE AQUI


   

terça-feira, 13 de agosto de 2013

O senhor das moscas, 1954. William Golding.

   Sempre percebi como esse livro era citado nos mais diversos filmes, seriados e mesmo em outros livros. Minha primeira curiosidade advém dessas referências constantes. Também já sabia que era leitura obrigatória nas escolas dos EUA, o que alimentou mais ainda meu interesse. Então, depois de dar uma vasculhada na rede e encontrar a versão digital do livro, resolvi ler. É um livro muito curto, por isso acabei lendo em menos de uma semana, no meu tempo livre. A premissa é muito simples: um grupo de crianças - só crianças e só meninos - sobrevive a um desastre aéreo, e se descobre numa ilha deserta. Daí por diante, eles vão tentando se organizar para sobreviver de acordo com sua experiência social prévia. Porém, as coisas começam a se complicar quando uma espécie de regresso ao estado selvagem toma conta de uma parte cada vez maior do grupo, enquanto que uma minoria cada vez mais insignificante ainda tenta se organizar no intuito de ser localizado e voltar para a 'civilização'. O resultado é um verdadeiro desastre: violência, selvageria e uma completa desolação tomam conta da situação. Sem dúvida, um livro sinistro, que nos lembra que as coisas mais macabras ainda acontecem num plano muito físico, através das ações do bicho homem.
Por meio de uma alegoria muito bem construída, Golding apresenta seu livro como uma verdadeira experiência antropológica que nos obriga a uma reflexão profunda sobre a natureza humana e sobre o mal que o homem é capaz de gerar a partir de qualquer situação. Até que ponto é possível atribuir/perceber um mal inerente ao ser humano? Eis a questão...

Ótima leitura!!





Sobre o autor:




William Golding, novelista e poeta inglês; premiado em 1983 com o Nobel de Literatura.

O escritor serviu na marinha britânica durante a segunda guerra mundial e sobre essa experiência disse: "Qualquer pessoa que tenha passado por esses acontecimentos terríveis sem entender que o homem produz o mal como a abelha produz o mel estava cega ou louca "*.


*GOLDING, William. O senhor das moscas (4. ed). Editora Nova Fronteira. Contra capa.




sábado, 27 de abril de 2013

Um caminho cinzento - D. Pereira, 2012.


Bem, esse já é o segundo livro que leio do D. Pereira, e posso dizer que, se o primeiro foi bom, esse o superou, é ótimo!
Mais uma vez narrando casos da dupla de estudiosos do macabro Morris Bradburn e Ambrose D. Hunter, nesta obra o autor amplia sutilmente o espectro de relações entre os personagens. Há também a introdução da Irmandade do Caminho Cinzento, uma espécie de sociedade secreta e universal de estudos do macabro, que surge a partir do descrédito em que começa a cair o mundo fantástico e sobrenatural, não gozando mais do importante respaldo acadêmico.
Com a modernização da sociedade nas primeiras décadas do século XX, a tendência dos estudos do macabro é adentrar um mundo clandestino, paralelo ao mundo ordinário.

Eu particularmente gostei muito deste autor. Comprei o e-book, mas não vou dispor dele aqui em respeito ao autor que ainda está em começo de carreira. Não vejo problema algum na difusão dos e-books de autores já falecidos, que já não podem usufruir dos ganhos financeiros advindos de suas obras, nem no caso de autores já consagrados, que já têm dinheiro saindo pelas orelhas. A arte deve ser difundida e compartilhada. 

Acho que é isso.

Pra quem quiser comprar os livros do D. Pereira, clique aqui e prepare-se para ter uma ótima experiência literária.

sábado, 20 de abril de 2013

Então...

Oi pessoal. Escrevo hoje só pra falar um pouco sobre minhas leituras. Eu continuo lendo bastante, mas nem sempre o que eu leio acho verdadeiramente digno de indicação. Às vezes os livros até são bons, mas não tão bons. Então, esse espaço aqui quero dedicar a leituras realmente boas e significativas. Estou lendo a saga A Torre Negra do King, que é ótima, mas gostaria de indicar quando terminasse os 7 volumes para poder passar uma ideia melhor do conjunto.

Também estou lendo as HQ's de The Walking Dead, que gosto muito, mas é o mesmo caso de A Torre Negra, sem mencionar que a história ainda não está concluída - o que, se não me engano, também é o caso de A Torre Negra. Talvez faça um post sobre a HQ's, disponibilizando alguns volumes para vocês experimentarem, ok?

Há pouco, reli um dos livros que eu tinha como favorito até então. Li ainda na adolescência, O Fortim, do F. P. Wilson. Sinceramente, não gostei nesta segunda leitura. Achei o livro extremamente machista e um tanto megalomaníaco. Sem dúvida que é uma obra de entretenimento, com um terror gélido e bem construído, mas peca em muitos outros aspectos que acaba dando um caráter meio pastelão. Um homem escrevendo sobre os sentimentos mais íntimos de uma mulher é sempre algo perigoso. Nesse caso, foi um verdadeiro desastre. 


Acho que é isso por hora. Abraço à todos! Um ótimo final de semana!

:-]

terça-feira, 5 de março de 2013

Nem a vida, nem o tempo. Mas o tamanho.


— O maior mistério que o universo propõe não é a vida, mas o tamanho. A criança, que em geral está familiarizada com o espanto, diz: papai, o que existe em cima do céu? E o pai diz: a escuridão do espaço. A criança: o que existe depois do espaço? O pai: a galáxia. A criança: depois da galáxia? O pai: outra 
galáxia. A criança: depois das outras galáxias? O pai: ninguém sabe. Está entendendo? O tamanho nos derrota. Para o peixe, o lago onde ele vive é o universo. O que pensa o peixe quando é puxado pela boca por um gancho prateado, nos limites da existência, e penetra num novo universo onde o ar afoga e a luminosidade é uma loucura azulada? Onde enormes bípedes sem guelras o amontoam para morrer numa caixa sufocante, forrada de vegetação úmida? 
Ou se pode pegar a ponta de um lápis e ampliá-la. Vamos chegar a um ponto onde uma atordoante compreensão cai sobre nós: a ponta do lápis não é sólida; é composta de átomos que giram e rodopiam como um trilhão de diabólicos planetas. O que nos parece sólido é apenas uma rede de coisas soltas, mantidas juntas pela gravidade. Vistas na sua real dimensão, as distâncias entre esses átomos podem se tornar quilômetros, abismos, eternidades. Os próprios átomos são compostos de núcleos com prótons e 
elétrons girando em torno deles. Podemos descer ainda mais até as partículas subatômicas. E depois para o quê? Para os táquions? Para nada? Claro que não. Tudo no universo rejeita o nada; sugerir um término é o 
único absurdo que existe.
Se você recuasse para o limite do universo, será que encontraria uma cerca de madeira e tabuletas dizendo SEM SAÍDA? Não. Talvez você encontrasse algo duro e arredondado, como o pintinho deve ver o ovo do 
seu interior. E se você atravessasse a casca beliscando (ou encontrasse uma porta), não poderia jorrar, nesses confins do espaço, uma incrível luz torrencial através da abertura? Você não poderia olhar por ali e descobrir que todo o nosso universo é apenas parte de um átomo numa camada de relva? 
Não poderia ser levado a pensar que, ao queimar um graveto, você está 
incinerando uma eternidade de eternidades? Que a existência não avança para um infinito mas para uma infinidade deles?

[Stephen King, O pistoleiro, 1982]

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

À espera de um milagre - Stephen King, 1996.

Devo confessar que não me sinto muito estimulada a ler livros dos quais já assisti filme. Me parece que já vou saber toda a história, que vou perder tempo lendo um livro que não vai me dar lá grandes surpresas. E é claro que essa é uma impressão totalmente errada. Venho comprovando isso através desta e de outras experiências que tive, nas quais li um livro após ter visto o filme, e, sem sombra de dúvida, a leitura é uma experiência única, com nuances únicas. Quem é leitor sabe. Mas quem é leitor também sabe que algumas sensações nos ficam encravadas, como impressões digitais indeléveis, a despeito de toda racionalização de que somos capazes. Por isso, ainda essa infundada relutância em encetar a leitura de uma obra que já foi filmada. Ainda mais quando a filmagem ficou boa - como é o caso desta -, muito embora, antes da leitura, ainda não tenhamos referência para comparação. 
De qualquer forma, na leitura, a mágica das palavras é outra, a dinâmica é totalmente diferente, estimulando nossa imaginação a criar cenários, a reviver emoções, visualizar uma lágrima caindo, e sentir o peito apertado enquanto expectador. 
O cinema toma a liberdade de fazer mudanças na narrativa, inserir elementos, retirar elementos,  omitir partes da história, muitas vezes partes fantásticas. Mas no cinema é preciso escolher, não dá pra colocar tudo, é preciso adaptar para o tipo de linguagem da sétima arte. É verdade, que quando o filme consegue ser fiel, ao menos à essência do livro, muitas mudanças são perdoáveis e compreensíveis. 
Mas eu não estou aqui pra falar do filme. Estou tentando convencê-los a ler o livro, mesmo que já tenham visto o filme. É isso. Digredi, um pouco. 
Esse livro é genial. Com uma carga emocional MUITO grande, e muito rica. Comovente, de fato. Histórico, nos apresentando dilemas morais e éticos de tirar a respiração. Nos faz ficar apaixonados pelos personagens, torcer por eles a cada página, espreitar na ansiedade como será que tudo vai terminar. E, claro, como não poderia deixar de ser, o elemento do sobrenatural, para nos deixar ainda mais reflexivos sobre as injustiças, sobre os porquês, sobre a lógica - se é que alguma lógica existe - dessa vida estranha que nos leva a fazer coisas mais estranhas ainda, e conviver com elas, até o fim de nossos dias, criando um amargor crescente em nossas bocas e corações. 
Uma circunstância curiosa deste livro, é que ele foi realizado como uma novela, um periódico, que os fãs iam acompanhando a medida que o próprio Stephen King ia escrevendo. Uma experiência, segundo o próprio autor, que deu muito certo, tanto pra ele, como escritor, quanto para o público, que revelou uma aceitação excepcional. 
Então, assim, indico muito este livro.

Pessoal, na medida do possível, vou começar a disponibilizar os e-books que eu tiver, ok? 

Esse e-book eu tenho, mas numa versão em português de Portugal. É tranquilo de ler. Como eu tenho o livro, li um pouco cada versão, mas não me incomodei da mudança. Então fica a critério de vocês.
Outra coisa, vou disponibilizar em PDF, que é um formato mais comum, e indico este site aqui, onde é possível converter os arquivos pdf em epub. 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Estudiosos do Macabro - D. Pereira, 2012

Já havia feito um comentário elogioso sobre esse autor em meu outro blog. Descobri ele através de um anúncio do Facebook - é, eu sei, parece milagroso que o Facebook anuncie algo que não seja um completo lixo. Mas enfim, descobri, comprei a versão do livro em epub, li e gostei muito. É um livro bem rápido, com uma narrativa objetiva e limpa, e nem por isso menos instigante, muito ao contrário, essa característica nos dá mais gosto na leitura que se torna bastante dinâmica. A obra é composta de pequenos contos; cada conto é uma das a[des]venturas que envolveram as vidas dos professores Morris Bradburn e Ambrose D. Hunter, nossos estudiosos do macabro. Aos poucos, os contos, que não são lineares cronologicamente, vão reconstituindo sua trajetória. O século XIX é o século de nossos personagens, que partem de uma Londres cinzenta para onde quer que estejam acontecendo eventos naturalmente não explicáveis. O primeiro conto, Um tratado sobre fantasmas, aparições e afins, é um belo anzol que prende o leitor em seu clima pesado, surpreendendo-o com um desfecho lúgubre e inesperado. Daí em diante, cada conto é uma peça do quebra-cabeça que constitui a curiosa vida de nossos personagens. Boa leitura!! 

“Ninguém, sensitivo ou não, pode negar o desconforto que
sentimos quando nos encontramos sozinhos no escuro. Ou então a
sensação de que algo está próximo, quase sussurrando um
mistério em nossos ouvidos, mesmo quando não vemos ninguém
ao nosso redor. Tampouco...”, aqui a voz de trovão retumbou,
“podemos deixar de admitir que, sim, fenômenos que não
podemos explicar, mas que obviamente ocorrem, repetem-se dia
após dia diante das nossas fuças, apesar de na maioria das vezes
os negarmos como se fossem mero acaso.”

Estudiosos do Macabro. D. Pereira, 2012.