terça-feira, 16 de maio de 2017

Mais um pouco sobre ser mãe.

A mãe chega em casa e, antes de tudo, dá uns bons grudes e agarrões no seu pequeno, que é pra recarregar as energias. Depois oferece água, e então dá um "gute". Dá mais uns grudes, e oferece mais água, tira o copinho de água da mão do pequeno porque ele começa a atirar água pelo chão e na televisão, não está com sede não. A mãe então prepara o banho, e prepara a roupa calculando se vai esfriar durante a madrugada, porque o pequeno não dorme tapado, nem pensar! É temperamental. Dá o banho, seca, passa creminho, veste, passa colônia, penteia o cabelinho, tudo isso fazendo muitas palhaçadas pra segurar a atenção do mocinho, assim ele não sai correndo nu pela casa antes que ela termine todo o processo. 
Depois, arruma a janta. Dá remedinho, dá a janta. Tira o pequeno da cadeirinha e o libera pra olhar seu desenho. Só então é que a mãe vai se lembrar que ela existe, que ela tem fome e que está morrendo de sede. 

Muita gente que não tem filhos se assusta com a rotina de ter um filho. Tudo isso soa como sacrifício, como uma espécie de heroísmo materno. Mas o que muitos não sabem é que não é sacrifício nenhum. É prazer, é felicidade, é alegria, é satisfação, é amor. 

Não quero dizer com isso que a maternidade é um mar de rosas, e que todas as mulheres deveriam ser mães. Não estou pleiteando a maternidade, mas narrando minha experiência como mãe. É cansativo? Sim, muito! Às vezes ficamos estressadas, desanimadas? Sim. Mas e o que mais na vida não nos cansa vez por outra? O que na vida não nos estressa ou desamina de vez em quando? A maternidade não é nenhum mérito supremo, nenhuma habilidade perfeita que nos exija sabedoria plena sobre o que estamos fazendo. Ser mãe é algo incrível, e antes de tudo é algo que nos dá tanta felicidade, nos fornece tamanha energia. E nada disso é porque somos mães, mas é porque temos filhos. Parece confuso, mas as mães vão entender exatamente o que quero dizer. Assistimos ao crescimento desses pequenos e frágeis seres, ao seu desenvolvimento enquanto seres humanos. Provocamos sorrisos fantasticamente sinceros, e recebemos um amor totalmente altruísta.

Escrito em 07.12.2015

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