terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Stanley Krippner - Possibilidades Humanas, 1980


Esse livro é um pouco underground. Digo isto no sentido de que deve-se realmente ter a mente aberta a respeito de novas abordagens teóricas e empíricas sobre a existência, a matéria, o universo e outras tantas questões fundamentais que vivem assombrando a comunidade científica. Traz idéias sobre campos eletromagnéticos, energia, tensão muscular, reservas humanas latentes, etc. Tudo isso através de uma séria e sensata abordagem científica do autor, Krippner. A despeito de crer ou não crer, o importante mesmo é que possamos acrescentar novos referenciais de conhecimentos acessados, a fim de expandir nossas perspectivas e capacidade de articulação. Um livro excelente, que trata principalmente das experiências acerca do potencial humano no contexto da extinta União Soviética.


KRIPPNER, Stanley. Possibilidades Humanas. Trad. Alberto Costa. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988. 400 p.


Ao poder do qual o homem supostamente seria dotado, sob determinadas circunstâncias, de agir sem motivos outros que não a própria ação, é dado o nome de livre arbítrio. A existência de tal faculdade nos seres humanos foi - e ainda é - motivo de muita celeuma nos mais variados níveis. Seja como for, é senso comum que a liberdade de escolha está na razão direta das possibilidades daquele que escolhe; não sendo possível admitir-se um "total livre arbítrio". Por exemplo, vivemos num país onde uma maioria de indivíduos possui um número tão reduzido de possibilidades, que nos é possível prever, com nível razoável de acerto, qual será o "destino" desta ou daquela pessoa. p. 13

Este episódio bizarro demonstra o quão facilmente a mentira pode ser perpetuada uma vez que apareça num periódico. Distorções e mentiras têm vida própria e continuam a erguer suas cabeças feias por longos períodos de tempo antes que se expirem. p. 41

Em nossa conversa, ele especulou que a psi poderia ser uma feição arcaica dos seres humanos que começou a desaparecer a partir do momento que sua utilidade foi minimizada pela linguagem, armas e outras formas de comunicação e proteção. p. 66

Existe um problema de ordem prática proveniente da suposta interação entre o cérebro e o magnetismo solar – a saber, o fato de as manchas solares serem seguidas por distúrbios magnéticos na terra, que resultam em altas taxas de doenças emocionais e nervosas, acidentes, suicídios e ataques cardíacos. Em determinadas partes da URSS, existem alertas médicos e de segurança de âmbito nacional nos dias seguintes a súbitas explosões de atividade solar. p. 69/70

Estamos longe de dizer que podemos fornecer as respostas últimas a todos os problemas. Apenas tomamos um dos caminhos possíveis para revelar uma pequena porção das possibilidades do homem. (Georgi Lozanov, 1978, p. 11). p. 157


Existem três fontes de atração
No amor dos seres humanos;
São elas o espírito, a mente e o corpo.

A mútua atração dos espíritos
Gera a amizade.

A mútua atração das mentes
Gera o respeito.

A mútua atração dos corpos
Gera o desejo.

E a combinação das três
Gera o amor.

[Verso indiano dos Upanixades. Em: VASSILCHENKO, 1977]

Em consonância com seu uso da teoria geral dos sistemas, Vassilchenko definiu o amor como "um sistema dinâmico complexo, baseado na intelectualidade, emoções e no poder do desejo", e observou que o mesmo consiste de uma multidão de variáveis. Em contraste aos sentimentos temporários de desejo, os sentimentos profundos do "verdadeiro" amor permitem que o relacionamento seja de realização e de totalidade. No "verdadeiro" amor, o indivíduo freqüentemente nega as necessidades do ego pessoal e transforma-se através da união com o outro. p. 230

As habilidades auto-reguladoras do corpo são de fato responsáveis por muitas das curas da ciência médica. Nenhuma droga é capaz de curar uma doença a menos que os mecanismos próprios do corpo estejam funcionando de maneira correta. Em conseqüência, podemos considerar que todas as enfermidades, e todas as curas, devem-se a algum aspecto dos sistemas que controlam a auto-regulação biológica. [Hill, 1979]. p. 303

Nosso universo não é composto de partes isoladas; somos feitos da mesma matéria bruta que o restante dele, e respondemos às mesmas forças que dirigem e moldam tudo o mais. As estrelas e a pele estão em contato constante. [Playfaur e Hill, 1978]. p. 306

Pavlov concebia a força da natureza agindo no organismo como um todo e na célula individual, cada um simultaneamente compreendido dentro do outro. A natureza é miniaturizada e materializada no próprio âmago do ser em suas menores partes. Expande-se intimamente para o interior de um universo tão amplo quanto o universo externo macroscópico. p. 329

Ademais, a memória não é apenas um traço de um evento passado, mas também, de forma mais importante, uma pré-condição para a realização de ações futuras (Tikhomirov, 1975).  p. 331

Margineanu (1980) conclui, “existem apenas duas formas de se viver numa ditadura – com menos inferno ao seu redor, mas com conflitos em sua consciência por aceitar sua tirania... [ou] num completo inferno, de maneira particular, aquele da prisão, porém com paz em seu coração por ter permanecido em conformidade com a própria consciência”. (p. 7). p. 336

Seu conceito (de Dr. Bek Ibraev) de “cérebro étnico” e “cérebro superétnico” sugere que com seu campo um indivíduo representa “um neurônio”, o qual pertence ao campo étnico geral. Ele acredita que, sob condições específicas, algumas pessoas (xamãs, por exemplo) são capazes de receber informação deste campo étnico. p. 359



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