quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Anne Rice - O servo dos ossos, 1996

Uma verdadeira retrospectiva histórico-religiosa. Narra a história de uma entidade religiosa, O servo dos ossos, outrora um humano,  desde sua vida enquanto mortal, durante a antiguidade babilônica, até os tempos modernos, quando, mais uma vez, é despertado. A relação entre o seu despertar e a ascenção em nível mundial de uma estranha ceita religiosa vai sendo desvendada ao longo do livro. Muito bom, Rice é sempre uma boa leitura.

RICE, Anne. O servo dos ossos. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. 381 p.

Dos vivos e dos mortos, da terra crua e daquilo que forjado e refinado, tecido e guardado, venha a mim, menos do que grãos de areia, e sem fazer barulho, sem chamar atenção, sem ferir ninguém, o mais rápido possível, ultrapassando qualquer barreira à minha volta, e vista-me de veludo vermelho , roupas macias de cor do rubi. p. 34

- Era isso que eu queria dizer, que temos superstições – ele disse. – Quando, impensadamente, eu perguntei sobre seus pais, eu queria dizer que você acredita em certas coisas mas não acredita nelas. Você vive numa dupla disposição de ânimo. p. 34

- Mas nós tínhamos que sobreviver na Babilônia. Tínhamos toda a intenção de voltar ricos para a nossa terra. Tínhamos que ser fortes. E isso significava o que sempre significou para os hebreus. Você tem que ser suficientemente forte para se dispersar sem ser destruído. p. 53

- Só existe um propósito na vida: dar testemunho de e compreender o máximo possível a complexidade do mundo – sua beleza, seus mistérios, seus enigmas. Quanto mais você compreende, quanto mais você olha, mais você aproveita a vida e mais você se sente em paz. É simples assim. Todo o resto são prazeres e jogos. Se uma atividade não tiver como base “amar” ou “aprender”, ela não tem valor. p. 139

Sem memória não pode haver discernimento. Sem amor não se pode apreciar nada. P. 378

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